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quarta-feira, agosto 20, 2003

Estou perplexa e bastante entristecida com a morte do brasileiro Sérgio Vieira de Mello. Um homem que sempre admirei por seu trabalho na ONU, mas que jamais havia percebido o quanto, até ler a notí­cia ontem a tarde de que ele estava nos escombros devido a um atentado terrorista.
E pensar que esteve em lugares com situações tão horrorosas quanto o atual Iraque como: Serra Leoa - em que crianças, desde mais tenra idade pegam em armas e têm o direito de escolherem se querem "usar manga curta ou cumprida" - e Angola - que apenas recentemente deu por encerrada uma guerra civil que durou décadas. Se não fosse por por Vieira de Mello, hoje o Timor Leste não teria, como presidente eleito pelo povo por voto direto, um ex- lider rebelde!
Isto parece comprovar o dito popular "vaso ruim, não quebra". Este quebrou... Deve ter sido um vaso muito bom para ter-se ido tão cedo aos 55 anos apenas...

E a ONU nesta situação...? Lamento muito por esse último episódio, não só pelo abalo emocional, mas também, pela estrutural que sofrerão daqui para frente. A ONU, só este ano, foi afrontada duas vezes. A primeira por Mr. Bush (bah!) e Mr. Blair (argh!), que desacataram às recomendações desta Instituição baseados em documentos forjados para começarem uma Guerra fictí­cia (porém bem real para os que sofrem ou sofreram). Motivo: petróleo e o puro orgulho ferido norte-americano, que não se conformou ao ser bombardeado (também no ego), em pleno centro financeiro mundial, sem poder revidar simplismente porque o autor da façanha fugiu! Confesso que fiquei decepcionada com a ONU pela falta "falta de punho forte" diante dessas duas nações (e às que as seguiram). Mas, uma vez a guerra começada (sem ter muio mais a fazer) sua atitude, corretí­ssima aliás, foi a mesma: ajudar aos que precisam e tentar reconstruir o local. A segunda foi esse atentado brutal; com conseqüências mais graves. E isso é muito sério porque põe em cheque uma Organização civil de carácter social respeitadí­ssima, até agora, e a única (em muitos casos) capaz de entrar em zonas de conflitos de uma forma 'neutra' a fim de servir de intermeadiadora entre inimigos, ao mesmo tempo que ajuda reerguer as nações arrasadas. E na minha modesta (e óbvia) opnião trará uma crise polí­tica na ONU de tal ordem que haverá alguns questionamentos :
1º) o por quê de uma Instituição Internacional tão importante e honrada se 'submete' às nações mais poderosas quando estas a afrontam? (Juro que me pergunto isto o tempo todo e de coração aberto. Será que tudo na vida se resume a dinheiro e poder?!);
2º) como esta Intituição se tornará realmente 'soberana' a ponto de coibir este tipo de desrespeito por qualquer país que seja?!; e
3º) quais medidas de segurança serão tomadas uma vez que a ONU é civil (que possui uma 'guarda internacional' com ênfase no auxí­lio ao próximo)?

Será que essa barbaridade feita pelos terroristas na sede da ONU em Bagdá se tornará mais um alvo habitual contra o ocidente? Para o bem de todos e felicidade geral das nações, espero que que não... O que será de nós, réles mortais se , o único orgão capaz de ser intelocutor entre 'gregos e troianos', perca essa função porque, por um lado, o que a ONU diz não vale nada e, por outro, é vista como inimiga... ???

Que Deus, Alá, Jeová, Buda etc nos proteja e o 'Resto do do Mundo' também dê a sua colaboração...!!!!

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